sábado, 21 de julho de 2012

Meu novo autor preferido.

É impossível ler apenas um livro de Carlos Ruiz Zafón, escritor espanhol que conquistou minha admiração deste, literalmente, a primeira página do seu romance de estreia, A Sombra do Vento, de 2001. Ganhei o livro há poucos anos como presente de aniversário do meu irmão e logo me apaixonei pelo estilo rebuscado do linguajar dos personagens e da redação fluente e instigante de Zafón. As histórias não podem ser deixadas em paz até a última palavra impressa... O livro foi devorado sem dó nem piedade e, ao final, eu parecia um viciada em heroína... simplesmente, precisava de mais.

Ainda antes de acabar de ler A Sombra do Vento, cacei no Google mais obras do espanhol e descobri que havia O Jogo do Anjo, de 2008. Pois logo me prontifiquei a comprá-lo e também consumí-lo de forma vertiginosa. Nada de vergonha com este pecado da gula, meus queridos leitores. Pela literatura de extrema qualidade de Zafón, vale um passe para o Purgatório assumindo a ambição descarada por mais volumes nascidos da pena deste escritor que nos leva do Céu ao Inferno em suas páginas. Depois de O Jogo do Anjo, fiquei órfã de Carlos Ruiz Zafón durante algum tempo... sem notícias do meu novo romancista preferido.

As aventuras ambientadas na Barcelona dos anos 1920 tiveram de esperar... O Cemitério dos Livros Esquecidos, citado nos livros, parece ser um daqueles lugares que não conheço, mas do qual sinto saudades eternas. Outro dia, há cerca de um mês, meu marido comentou que viu um novo título de Zafón circulando nos noticiários da web especializada. Eu não quis nem saber o nome do livro, nem o preço. Coisa de gente rica? Não, meus caros... coisa de gente viciada e apaixonada. E crente, sim! Crente no nome Zafón, na marca que se estabeleceu como de qualidade inquestionável para mim e para a legião de fãs do autor. Só na Espanha, O Jogo do Anjo teve mais de um milhão de exemplares vendidos.

O novo romance era O Prisioneiro do Céu, de 2011. Continuação das peripécias dos personagens que tão bem já conhecíamos. Mas a história é independente dos demais livros de Zafón que, inteligentemente, fez os enredos independentes uns dos outros... mas as tramas tão conectadas que o leitor, ávido por mais detalhes, irá, com certeza, se agarrar com os demais volumes do espanhol, com toda a garantia, posso lhes afirmar. O Prisioneiro do Céu é o livro mais curto de Zafón. Modestas 246 páginas... Uma pena. Li o mesmo em quatro dias, tentando poupar as linhas para que durassem mais... Não deu certo. Metade do livro se desfez em um dia. E cá estou com essa ânsia de mais. Uma deliciosa sensação que só os loucos por literatura irão entender.

Um comentário:

  1. Depois dessa acho que não vou esperar teu irmão terminar de ler não, vou é comprar logo esse livro, hahahahaha

    Tu terminou em quatro dias? Isso é que é speed reading :D Eu leio sempre em doses homeopáticas, demoro meses pra ler um livro :)

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