domingo, 10 de abril de 2011

Recife debaixo d'água.

Ontem fui para minha aula de Yoga, como um sábado qualquer. Mas o retorno para casa foi uma verdadeira aventura. A chuva da noite de sexta e da manhã do sábado transformaram as rua do meu Recife em rios de correntezas moderadas. Consegui pegar o busão que parou fora do ponto para me resgatar da água. Quase não via a avenida Domingos Ferreira, quase totalmente debaixo d'água. Desculpem-me os mestres e minha querida professora de Yoga, mas me arrependi amargamente de ter saído de casa nesta manhã de sábado... Ao descer do coletivo (que nome mais feio encontraram para ônibus, mas é bem apropriado em certas circunstâncias de lotação extrema), encarei a chuva e as ruas molhadas com as minhas Havaianas cor de rosa (presente do Brother).

Ai as coisas complicaram bastante. Não tinha mais rua para andar. Ou eu metia o pé na água ou ficava por ali mesmo esperando as ruas aparecerem novamente. Mas eu tinha acabado de fazer Yoga! Estava me sentido muito corajosa! Aí fui andando por dentro da água, pertinho das paredes dos prédios, em uma mão a sombrinha, na outra, o mate (meu tapetinho de Yoga). Rapaz... Deu medo... de pisar em um buraco (quase escorrego uma vez); de tropeçar; de encontrar algo vivo nadando; de perder a Havaiana; de me afogar!

Parece dramático. Pois foi. Pelo menos para mim que só havia feito isso uma vez há séculos, quando eu era adolescente, voltando para casa depois da aula. Lembrei-me daquilo, arregacei as calças e entrei até os joelhos para atravessas uma rua alagada. Alguns carros passando devagar, mostravam que a água chegava até suas portas. Algumas pessoas também estavam encarando a água, muitas com os sapatos e sandálias nas mãos. Isso sim é doideira. Bem eu consegui. Estou aqui para relatar o causo e para concluir com um EU NUNCA MAIS FAÇO ISSO. Cheguei em casa e tomei banho de sabão amarelo e álcool!

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