segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O tempo passou.

Vou direto ao assunto. Fiquei velha. Arrisquei-me a encarar a "night" no sábado e só tive decepções. Aceitei um convite da minha cunhada e fomos (eu, ela e os respectivos maridos) para uma festinha tipo under ground lá pelas bandas do Recife Antigo. A nóia já começou em casa, quando coloquei uma blusa tipo corpete que ficou, digamos, apertadinha. Respirar fundo ficou um pouco complicado... bom, insisti e fiquei com a danada da blusa (que eu adoro). Chegando na Rua da Moeda, me senti um peixe fora d´água. Muita gente de todas as raças, idades, gêneros, tribos e planetas. Mas eu estava me sentindo assim... cadê minha turma?

Mas não desanimei. Tomei um drink, vodka com licor de menta (?). Me lembrou uma bebida que chamávamos de Diabo Verde (gin com licor de menta) e que tomávamos nos tempos da faculdade. Ao meu redor, o consumo era de Carreteiro (ECA), a pior bebida a base de uva de todos os tempos. E olha que comecei minha carreira tomando isso aí, hein!? Hoje não aguento nem sentir o cheiro da beberagem. Lá pelas 11h30 (cedo para os notívagos de plantão) encaramos a festinha. Subindo as escadas para a pista de dança, fiquei horrorizada com o som, como estava alto, ensurdecedor para meus ouvidos desacostumados.

Claro que eu pedi para baixar um pouquinho e ainda fiquei me escondendo atrás da caixa de som. Alguns gatos pingados apareceram e eu simplesmente me dei conta de que eu não queria estar alí. "O que é que eu estou fazendo aqui???" "Eu podia estar dormindo agora..." "Ou vendo algum bom filme ou série." O maridão só fazia rir, condescendente, admirando minha crise de quase meia idade. A blusa apertada... o som alto... a música que eu não curtia (eu parei no tempo e no espaço em relação à música. Nada depois dos anos 1990 me agrada). Então por volta das 01 da madrugada eu desisti.

Fomos tomar uma Coca-cola no barzinho (longe da barrulheira da pista de som) e depois de rir, constrangida, da minha condição de "eu não aguento mais isso", fomos para casa. Eu estava caindo de sono e muito mal humorada com a noite catastrófica. Pedi ao meu marido que me lembra-se sempre desta noite se alguma outra vez eu pirar e inventar de sair para esses inferninhos que não mais fazem parte da minha vida. Um dia, foi tudo o que queria para um sábado: pista de dança, muita música, alguns drinks e toda a madrugada para eu dançar, sem parar, até as 7 da manhã. Hoje, não tem perigo mesmo... É, Lilu, o tempo passou...

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