quinta-feira, 21 de julho de 2011

Bendita Meditação.

Ontem fiquei com um orgulho danado de mim mesma. Por conta de sérias dores na lombar, precisei fazer uma ressonância magnética. O fatídico exame, para quem conhece ou já ouviu falar, é uma tortura para os claustrofóbicos de plantão. Como tenho essa fobia desde que me entendo de gente (vai ver até bem antes disso), sofri por antecipação durante todo o final de semana, aguardando a hora de fazer a famigerada ressonância. Pesquisei no oráculo Google algumas dicas sobre como sobreviver a esse momento crucial, desde usar venda nos olhos até o extremo da dopagem. Ouvi alguns seres que já havia passado pela experiência e registrei tudinho para ver o que eu iria fazer na hora H.

Pois fui lá para a clínica de diagnósticos, acompanhada da minha Mamy e da Baby. Afinal, se eu tivesse um "siricutico" alguém tinha que estar lá para dar um apoio pra Lilu. Troquei minhas roupas pela fardinha verde e me senti um gnomo perdido nos corredores cheios de técnicos e enfermeiras. E fiquei naquela de perguntar como é que eu consigo um "negocinho" pra dormir durante o exame. Parecia uma viciada caçando drogas. Foi engraçado e trágico ao mesmo tempo. Aí descobri que o meu médico é que deveria ter indicado o uso de remédios para fazer o exame dopada. Ahhhh. Eu pego esse cara! Ele não me perguntou se eu era claustrofóbica! E, claro, eu não disse... Bom, agora, não tinha mais jeito... Tinha que ser "a cru" mesmo...

Então o negócio era encarar o exame assim mesmo, bem sóbria e acordada. Ao entrar na sala (parecia que eu ía pra forca) fui apresentada à máquina dos meus pesadelos. Achei até que ela não era tão assustadora assim... Deitei então na maca, coloquei os fones por conta do barulho, fiquei paradinha. E a dica do simpático técnico/enfermeiro foi que eu entrasse de olhos fechados. Pois assim permaneci durante os 30 minutos que durou o exame, com direito a muito barulho. Como haviam me dito, parece que você enfiou a cabeça dentro de uma máquina de lavar.

Mas eu fiquei tranquila e me mantive confiante. O truque foi mesmo ficar de olhos fechados, ter o autocontrole para não abrir de jeito nenhum e me concentrar na respiração. Ou seja, entrei em alfa, meditando, e acho até que dei uma cochilada de 3 segundos. Por isso, agradeço, de todo coração, às minhas professoras de Yoga e de meditação. Foi o que me salvou. E saí de lá muito satisfeita comigo mesma. Ganhei até elogios das enfermeiras por minha coragem. Ponto para mim, viu, dona Claustrofobia?!

Um comentário:

  1. Parabéns pela coragem!
    Ah! A primeira a gente nunca esquece, já diz o velho ditado e aquele famoso comercial.
    As próximas, quando vierem e forem necessárias, você tirará de letra.
    Beijos,

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