terça-feira, 16 de outubro de 2012

"Dai a César o que é de César."

Queridos leitores, não sou crítica esportiva muito menos especialista em futebol. O que entendo pode ser muito pouco, mas existem fatos que não podem ser ignorados nem mesmo por um ignorante no assunto. Se fosse meu irmão, o famoso Professor Antunes, tenho certeza que este tema teria sido explorado no seu blog logo ontem, segunda-feira, dia seguinte aos absurdos vividos pelo Sport Club do Recife dentro de campo, no domingo dia 14 de outubro. Meu irmão teria desfiado uma crítica feroz e certeira, repleta de argumentos válidos e ácidos, dentro do seu olhar atento para tudo o que se refere ao futebol brasileiro dentro e fora das quatro linhas. Mas eu sou apenas a Lilu. A torcedora que ficou indignada ao final daquele jogo (sujo) contra o Atlético Mineiro. Ronaldinho Gaúcho e sua gangue acabaram com o meu humor como eu nunca pensei ser possível.

No começo, o jogo foi correndo bem, uma boa partida. Não posso dizer que estava confiante em uma vitória, visto que as estatísticas estavam contra nós, pernambucanos. O Atlético Mineiro não perdeu uma só partida em casa neste campeonato. Paciência... será que o Sport segura um empate? Mas não é que Hugo, Santo Hugo, uma bendita cabeçada que nos dá um placar de 1 x 0 ainda no primeiro tempo.  Surge a esperança em uma vitória! Mas não é apenas contra o Atlético Mineiro que temos que lutar. Tem o juiz... Que parece já ter dado problemas a outros times antes, neste mesmo campeonato e parece não gostar muito desse resultado... de marcação cerrada nos calcanhares do time rubro-negro, distribui cartão amarelo como se fosse cartão de visitas em uma festa. O jogo fica tenso.

A turma do Ronaldinho não acredita que está perdendo, em casa, de um time que está na zona de rebaixamento para a segunda divisão. Absurdo mesmo, hein... Um absurdo que só o futebol nos proporciona: vitórias impossíveis, resultados chorados, reviravoltas inesperadas e, muitas vezes, injustas. Sim, pois de injustiças vive e sobrevive este danado deste esporte que nos comove, nos conquista e depois tripudia sobre nossos corações massacrados pelo amor incondicional pelos nossos escudos. Pois se houve dúvidas sobre os dois pênaltis não marcados a favor do Sport, naquela partida, dúvidas não há a respeito da paixão pelas cores rubro-negras que abracei. E que não reste dúvidas em nenhum outro coração vemelho e preto pernanbucano. Pois o Sport não mereceu mesmo a expulsão de Hugo, com o segundo cartão amarelo, não mereceu os dois pênaltis ignorados pelo senhor juiz, não mereceu perder de 2 x 1, de virada... E ainda tivemos que lidar com nosso Paredão claramente em um dia ruim... Magrão, eu te amo, mas que gol foi aquele que nós levamos?... Mas quem disse que a vitória vem pelo merecimento no esporte, e ainda por cima, no futebol?!

E, agora, depois dessa lambança, o que nos interessa mesmo é continuar a luta. Continuar a perseverar. Eu não vejo os 93% de chances de rebaixamento do Sport. Só vou considerar esse número quando (e se) ele chegar aos 100%. Quando o fato estiver sacramentado. Até lá, se houver 1% de chance de continuarmos na Série A, estarei torcendo e acreditando no meu time. Esse é o meu papel nessa história!!! E que o resultado final seja o que tiver de ser. Na primeira ou na segunda divisão eu não sei... A minha única certeza é que a Ilha do Retiro vai estar lotada, apoiando nosso time, seja contra o adversário que for. E eu, toda arrepiada com o Cazá, Cazá, Cazá vendo o meu Leão entrar em campo. O Leão que me emociona e me comove, que me faz lembrar do orgulho de ser pernambucana. E grito bem alto mesmo, com meu sotaque pra lá de rasgado. "Eu amo meu Sport! Esse time arretado da peste!!!




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