Não sou grande fã do Carnaval, não espero ansiosa nenhum bloco, nem fico maluca para subir e descer as ladeiras de Olinda. Mas não posso negar que curto um bom Maracatu e adoro aproveitar o feriadão para relaxar com aquela cervejinha bem gelada, encontrar os amigos e, moderadamente, "cair na folia". Apesar de não ter paciência para assistir a todas as escolas de samba do Rio de Janeiro (de Samba, eu realmente não gosto), ontem, em uma preguiçosa tarde de chuva, fiquei vendo o compacto dos desfiles da segunda. Flagrei-me impressionada e emocionada com a Unidos da Tijuca, que homenageou Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião, e a cultura nordestina.
O Mercado de São José estava passeando na Sapucaí em cima de um carro alegórico e havia uma incrível multidão de bonecos de barro, perfeitos! Lindo de se ver! Já fazia um certo tempo que não prestava muita atenção aos desfiles cariocas ou paulistas e fiquei de queixo caído com a tecnologia e, acima de tudo, com a criatividade que estão sendo usadas pelas escolas de samba. Parece que não dá para fazer nada diferente, mas elas sempre conseguem. Para isso, temos que tirar o chapéu. E ainda mais fantástico é se reconhecer na avenida, como tantos artigos e tantas referências que fazem parte do nosso dia a dia, como pernambucana e nordestina.
Não é discurso, é realidade, tenho o maior orgulho de ser pernambucana, torcer pelo Sport, amar praia e gostar de cuscuz com leite. Até lembrei que tenho sangue de cangaceiro paraibano nas veias (da parte da minha avó que teve um parente no bando de Lampião!). Mais tarde vou dar uma passadinha dos sites de notícias e ver como se saiu a Unidos da Tijuca. Será que ela leva o primeiro lugar deste ano? Bom, que vença a melhor! Kisses com gosto de ressaca nesta quarta-feira de cinzas! Eita preguicinha de retomar a vida normal...
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