sexta-feira, 1 de julho de 2011

Saudades que doem no peito.

Estive ausente nos últimos dias. Ausente até de mim mesma. Tentando racionalizar um sentimento de perda, de abandono que se transforma, aos poucos, em saudade, no sentir falta. Ainda, por frações de segundo, olho nos cantos corrigueiros e procuro aquela pessoinha peluda que fez parte das nossas vidas nos últimos dez anos. Uma década de muita alegria e de muito companheirismo. Fiel sempre, como um bom amigo dos homens. Amoroso, como um filho a quem desejamos tudo de bom nessa vida. Um dos sinais mais claros de que você se importa com alguém é quando você confere a esse alguém um apelido. Sebastian tinha vários e tantos, como poucos. De todos e todas que o conheciam, cada um o chamava de uma forma, sempre carinhosa ou engraçada. Para mim, só para mim, era Vida.

Minha Vida peluda que se tornou, com os anos, meu bebê velhinho. Um coração meigo em um ser dócil, repleto de bondade verdadeira. Um coração que parou no dia 28 de junho de 2011. Simples assim? Sim. Chegou a hora que irá chegar para todos nós, para todos os que vivos estão. Mas que temos certeza de que vivos continuam, em outra etapa da existência. Um caminho contínuo, longo, difícil, mas que é recompensador, em especial, quando encontramos seres iluminados como Sebastian. Um cão que foi e é amado. Um pequeno espírito que já demonstra a sua afinidade conosco. Faz parte, sim, da nossa família. E, como a perda de um ente querido, nos é dolorosa e nos foi inesperada. O choque ainda está presente, como se um pesadelo sem precedentes estivéssemos vivendo. Mas a realidade se apresenta a cada manhã, a cada anoitecer, quando não o vemos mais a fazer a festa diária do "bom dia" e do "boa noite".

Neste dois dias, ouvi e li belas palavras de consolo e de solidariedade dos amigos, dos parentes, dos conhecidos. Daqueles que nunca viram Sebastian e daqueles que o conheceram desde o seu primeiro dia lá em casa, quando ele chegou tão pequeninhinho e frágil. Eu, como mãe de primeiríssima viagem, o cercando de todos os cuidados e chamegos. E assim ele foi criado, cheio de dengos e de privilégios, como um verdadeiro filho, pois o sentimento para com ele não é outro se não este mesmo, de filho. E é como pais e espíritos amigos que hoje rezamos por sua alma imortal, por sua evolução e por sua alegria nas próximas vidas. Esperando, sem pressa, com saudades e com fé, pelos próximos reencontros, pelas próximas experiências. Pois Vida será sempre, sempre, muito bem-vindo nas nossas vidas. Amo você, Sebastian, por tudo o que você é pelo que representou para as nossas vidas.

2 comentários:

  1. Este texto é uma homenagem que faço, de todo coração, ao meu cachorro Sebastian. Nascido em 15 de agosto de 2001 e que nos deixou em 28 de junho de 2011.

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  2. querida, nosso irmaos de 4 patas sao seres de tanta compaixao e amor genuinos que soh poucos entendem e admiram...tenho certeza que Sebastian, sua vida, vai em paz e deve voltar ao mundo com meritos por tudo que vc e tua familia fez por ele.que vcs dois estejam em paz agora. um beijo

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