Exatamente hoje completo quinze anos de formada. No dia 27 de julho de 1996 a turma de Jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco que se auto intitulou como "Vacas Loucas" colava grau, lá no pequeno auditório do CAC - Centro de Artes e Comunicação. Lembro pouco daquela ocasião, devo admitir, pois estava doente, com febre, uma bela gripe que me deixou meio fora de tempo alguns dias. Justo nos dias da formatura. Lembro que assinei meu nome naquele livro enorme, lembro que Valmir Costa, nosso colega, que foi o orador da turma fazendo um discurso engraçado e descontraído. Depois acho que saímos para comemorar em algum lugar, claro. As lembranças podem ser nebulosas, mas o sentimento de satisfação é muito claro e muito forte.
Satisfação por ser hoje quem eu sou, por ter chegado onde cheguei, profissional e pessoalmente. Feliz também pelos meus amigos e colegas que pretendo rever hoje. Sim, afinal, quinze anos merecem um parabéns especial. O encontro dos Vacas Loucas está agendado para mais tarde. Espero estar por lá e amanhã eu lhe conto como foi. Alguns de vocês, meus fiéis leitores, devem estar se perguntando que negócio é esse de Vaca Louca... Bem, na época da nossa formatura, a notícia mais "quente" era a existência da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), um tipo de encefalopatia espongiforme transmissível (doença que atinge o gado), que ficou conhecida na mídia como doença da Vaca Louca. Se você quiser saber mais sobre o assunto, vai lá no Google e descobre fácil.
Como éramos "focas" (jornalistas recém-formados) altamente antenados com o mundo e suas notícias, e, claro, ninguém batia bem da bola, alguém sugeriu esse nome para a nossa turma. Pois ficamos então conhecidos como os Vacas Loucas. Coisa mesmo de jornalista, não é? Tudo meio doido, meio agoniado. Já faz um bom tempo que não trabalho diretamente com jornalismo, mas mantenho meus contatos, muitos meus amigos. E continuo amando escrever, como sempre, desde que me entendo de gente. Foi por isso que pensei, no auge dos meus 16 anos, em fazer Jornalismo. "Eu gosto de ler e escrever. Vou fazer Jornalismo, Mainha!" Nossa, se eu soubesse o que me aguardava! Para escrever, eu tinha que falar com as pessoas, descobrir e fuçar as informações. Agora imagina isso para um ser super ultra mega tímido. Eu quase desisto do curso no segundo ano de faculdade, por conta da timidez, da dificuldade quase sobre humana de falar e me relacionar. Pois eu não havia me dado conta que ser jornalista, em sua base, é se relacionar com o mundo.
Foi barra. Mas eu encarei o desafio e resolvi superar essa timidez que me atrapalhava em tudo. E consegui! Quinze anos depois de formada, posso lhes afirmar, de pés juntos, que se eu precisar falar, eu falo mesmo, seja lá com quem for. Mas lhes garanto que a garota tímida e insegura vive ainda aqui dentro de mim. A essência de cada um não muda, não é? Na vida, vamos nos aperfeiçoando, arrumando os defeitos, valorizando as qualdiades. Acho que isso se chama amadurecer. O ato de escrever me dá clareza e foco no que eu quero e no preciso realizar. E, hoje, para comemorar meus quinze anos de formatura, estou aqui escrevendo para mim e para vocês, no blog da Lilu que surgiu justamente para seu meu canal de comunicação com o mundo e o espaço para minhas escrevinhações. Pois quem gosta dessa coisa de escrever, não para nunca! Kisses da Lilu para os Vacas Loucas!
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